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Dos alicerces à manufatura do futuro

Alex Etevaldo da Silva* Diretor de Qualidade e Confiabilidade do Produto da Marcopolo Especial para O POVO O Brasil acaba de atravessar, quem sabe, a pior crise econômica das últimas décadas. Muitas organizações precisaram realizar verdadeiras façanhas para se manter vivas durante o amargo período de instabilidade e algumas, infelizmente, não conseguiram se adaptar às […]

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Alex Etevaldo da Silva*

Diretor de Qualidade e Confiabilidade do Produto da Marcopolo

Especial para O POVO

O Brasil acaba de atravessar, quem sabe, a pior crise econômica das últimas décadas. Muitas organizações precisaram realizar verdadeiras façanhas para se manter vivas durante o amargo período de instabilidade e algumas, infelizmente, não conseguiram se adaptar às novas exigências de qualidade, produtividade e competitividade, vindo a cerrar as operações.

Ao mesmo tempo em que acompanharam as discussões sobre tendências tecnológicas, como realidade aumentada, internet das coisas, impressão 3D e outras tantas que são demandadas pela indústria 4.0, muitas empresas tiveram de rever as estruturas como forma de sobreviver à crise. Além de escassos recursos, muito se perdeu em termos de mão de obra e cadeia de suprimentos.

Pois bem, a economia brasileira já começa a apontar uma retomada do crescimento, embora modesto – movimento em que a manufatura pode mais uma vez assumir a função de mola propulsora, sendo agente promotor do aumento de produtividade e qualidade. Para tanto, as organizações precisam ter criatividade e foco no aumento da competividade.

É fato que as empresas estão em diferentes estágios nesta jornada da competividade: enquanto algumas necessitam voltar às bases da manufatura para fortalecer a estrutura, com a revisão de controles típicos como gestão de operações, outras já apresentam patamar de estabilidade, que as habilita a iniciarem o processo de transição e avançarem em direção à manufatura do futuro.

Hoje os times de manufatura já precisam adaptar as organizações para as tendências da mobilidade. Como converter uma fábrica de componentes de motores a combustão para fabricar também motores elétricos com o menor valor de investimento possível? Essa adaptação na manufatura passa pela indústria 4.0, cujo grande diferencial é justamente a flexibilidade com baixo investimento.

Grandes fábricas, acostumadas a produzir um só tipo de componente, também já passam por adaptações com foco na fabricação de múltiplos componentes, conforme as demandas dos clientes. Na medida em que a produtividade e a qualidade aumentam de forma considerável, as empresas se tornam as mais competitivas neste tempo em que as expectativas dos clientes não param de aumentar.

Quem tiver interesse em discutir estes e outros assuntos, independentemente do porte ou do estágio em que a respectiva empresa esteja nesta jornada da competividade, está convidado a participar do 10º Simpósio SAE BRASIL de Manufatura, que será realizado dia 10 de outubro, no Hotel Intercity Premium, em Caxias do Sul.

Durante o encontro, lideranças de fabricantes, fornecedores e consultorias irão discutir como revitalizar a indústria brasileira a partir de temas como gestão de operações e manutenção de processos em busca de estabilidade básica. Também irão debater como aumentar a competitividade com o uso correto das novas tecnologias emergentes desta era digital.

*Alex Etevaldo da Silva é diretor de Qualidade e Confiabilidade do Produto da Marcopolo e chairperson do 10º Simpósio SAE BRASIL de Manufatura

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