INTERVENÇÃO EM PRÉDIOS

Ex-aluno da UFC é finalista em prêmio nacional de Arquitetura

O projeto também foi o trabalho de conclusão de curso do jovem

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Francisco Lucas em foto promocional
O tema do projeto de Francisco Lucas considera questões como sustentabilidade e preservação do patrimônio construído (Foto: Divulgação)

O projeto “Da Ocupação Se Faz Arquitetura”, de Francisco Lucas Costa Silva, ex-aluno da Universidade Federal do Ceará, está entre os projetos finalistas do 6º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel.  Apresentado pelo autor como trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, no semestre passado, o projeto concorre na categoria “Universitários” e foi orientado pela professora Solange Maria de Oliveira Schramm. O resultado final será divulgado no dia 17 de outubro, em São Paulo.

Francisco Lucas explica que o projeto surgiu de sua inquietação com a quantidade de prédios abandonados e subutilizados no Centro de Fortaleza. A partir de leituras críticas, que considera os “vazios urbanos como espaços possíveis para a atuação do arquiteto e urbanista”, o jovem propôs ocupar esses espaços para o uso da cidade.

“Dessa forma, surge a ideia de ‘ocupar’ esses vazios com funções diversas e públicas, entendendo ocupar como uma reivindicação de direitos”, explica o ex aluno da UFC. O seu projeto sugere a intervenção em cinco prédios do Centro da capital cearense, transformando os imóveis abandonados em escola, teatro, abrigo, praça e mirante, e aponta diretrizes para o percurso a ser realizado entre esses edifícios, como a transformação da rua Major Facundo em uma via compartilhada.

Segundo a orientadora do projeto, Solange Schramm,  “trata-se de um tema que considera preocupações fundamentais para se pensar arquitetura e cidade em nossos dias, a exemplo da sustentabilidade e preservação de nosso patrimônio construído, por meio da utilização de edifícios abandonados, mas em ótimo estado de conservação.”

Dentre os projetos selecionados na categoria “Universitários”, um será premiado com estágio remunerado em um escritório de arquitetura.

O prêmio

Promovido em parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel, o prêmio tem o objetivo de reconhecer produções arquitetônicas de destaque no Brasil como forma de valorizar projetos inovadores na forma de pensar e construir o espaço social.

O prêmio é dividido em duas categorias: “Profissionais”, destinada a projetos construídos por arquitetos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil; e “Universitários”, voltada a projetos (não construídos) que se adequem ao tema “Revitalização, requalificação, renovação” desenvolvidos por estudantes universitários.

Os projetos finalistas serão apresentados em uma exposição no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e publicados no catálogo do prêmio.

REDAÇÃO O POVO ONLINE,

com informações da UFC

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