Para alcançar êxito no agronegócio, muitas empresas estão investindo em startups. São empresas que tem atraído um número crescente de fundos de investimentos, grandes companhias de tecnologia e empreendedores de diversos países. De acordo com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as agritechs já formam grupo de em torno de 300 companhias no País, que investem cerca de R$ 100 milhões ao ano e são capazes de oferecer ao produtor qualquer tipo de serviço. É uma grande oportunidade para o produtor inovar seu negócio e ter mais rentabilidade. Para se ter uma ideia, apenas 14% das propriedades rurais têm conectividade.
Há consultorias preparadas para auxiliar o produtor a ter maior controle sobre sua propriedade e fazer com que seu faturamento duplique, triplique e sua produção tenha a mesma evolução. Muitas vezes, o empreendedor acaba perdendo muito dinheiro por não conhecer ou ter medo de conhecer as alternativas que podem ser a solução para o sucesso de seu negócio.
Fatores que levam ao desenvolvimento das Agritechs
- Crescimento da população – estima-se que até 2050 haverá um crescimento na demanda por comida da população mundial – podendo atingir quase 10 bilhões de habitantes no Mundo de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU);
- Custo ambiental;
- Mudanças na dieta alimentar;
- Diminuição nos custos dos sensores.
Em 2014, o setor de tecnologia dos Estados Unidos, conhecido como Agtech, recebeu investimentos da ordem de US$ 2,36 bilhões, envolvendo 264 acordos. Esse valor é superior ao de mercados bem badalados, como o de Fintechs (tecnologia para o sistema financeiro), com US$ 2,1 bilhões, e de tecnologia limpas, de US$ 2 bilhões.
No Brasil, nos últimos anos, algumas startups promissoras chegaram ao mercado e passaram a se destacar dentro e fora do país. Um dos principais cases é o da Bug Agentes Biológicos, startup brasileira que foi considerada a 33ª empresa mais inovadora do mundo pela revista americana Fast Company. A empresa vende insetos que combatem pragas em grandes plantações, como cana e soja, e foi criada nos laboratórios da Esalq, da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba.
Principais tendências tecnologias no agronegócio
- Instalação de sensores
Os produtores estão cada vez mais ligados à tecnologia, principalmente, pela praticidade e obtenção de dados em minutos e na palma da mão. São várias as propriedades que tem adotado a instalação de sensores no campo para dispor de informações importantes sobre a plantação, o solo e outros elementos. Estes sensores são capazes de realizar comandos de forma automática, executando tarefas à distância e em tempo real. A tecnologia trouxe praticidades e agilidade nos processos que, antes era totalmente burocráticos e demorados.
- Uso de drones
Uma de suas principais funções é captar imagens aéreas que permitem acompanhar a evolução das lavouras, principalmente, tomar decisões assertivas e rápidas quando há presença de pragas, doenças e ou estresse hídricos.
- Softwares de gestão
São utilizados principalmente para obter custos de produção. Eles facilitam muito as atividades diárias e no gerenciamento do negócio. Ajudam na tomada de decisões de maneira fácil e assertiva, tornando o negócio mais rentável e controlado.
- Agricultura verticalizada
O Brasil é um grande candidato para ser o celeiro do mundo. De acordo com a ONU, o mundo pode atingir quase 10 bilhões de habitantes até 2050. É muita gente para alimentar. Diante deste cenário, produtores estão de olho em todos os tipos de tecnologia para auxiliar no avanço da produção. Este tipo de agricultura verticalizada permite um controle ambiental onde os fatores podem ser monitorados. Estas instalações utilizam, normalmente, controle artificial, ambiental (umidade, temperatura e gases), além de fertirrigação.
Heloisa Beigin
Executiva de Marketing da innovativa Executivos Associados
ESPECIAL PARA O POVO