Quando o assunto é a aproximação entre marca e consumidor, é necessário partir da premissa básica do sucesso de qualquer tipo de relacionamento. Ou seja, da comunicação. Quem faz parte do universo do Marketing segue a seguinte prática quase que em piloto automático: estudar o público-alvo do negócio. Afinal de contas, a maneira de se comunicar com um cliente baby boomer é completamente diferente do estilo de conversa com alguém da Geração Z, por exemplo. Contudo, o momento mundial atual obriga a todos a saírem da zona de conforto e pensar fora da caixa. Inclusive, nós.
Em dezembro de 2019, ouvimos o termo ‘Covid-19’ pela primeira vez nas redondezas da província chinesa de Wuhan. Já em menos de três meses, o chamado novo coronavírus ultrapassou as fronteiras da China e espalhou-se ao redor do mundo. De repente, a população brasileira se viu diante de muitos questionamentos e poucas respostas. A única certeza é que o melhor caminho para lidar com esse período é permanecer em quarentena, em casa. Em tempo indeterminado.
Para o mercado, é possível traduzir o cenário em retenção de custos, parcerias de trabalho desfeitas, projetos em stand-by e eventos cancelados. Então, diante deste panorama, te pergunto. Como as marcas irão se relacionar com o consumidor daqui para frente se estamos todos em casa, esperando? Meu caro, a verdade é que por mais que as empresas não estejam gerando resultados financeiros devido à recessão, existe a necessidade de continuarem em atividade a fim de preparar o terreno para o que ainda está por vir. É hora de se cuidar, mas também de agir. O futuro do relacionamento entre marca e consumidor será definido no agora. A partir de uma nova perspectiva.
Acredito que em uma situação de grande comoção social, a empatia e a responsabilidade devem ser as palavras-chaves em uma comunicação organizacional. Ao invés de se render ao afastamento da marca com receio da receptividade do público-alvo, é imprescindível assumir o controle do que ainda se encontra sob o seu alcance. É importante adotar uma postura proativa e ir em busca de alternativas que permitam o funcionamento da comunicação do negócio do cliente e, consequentemente, do relacionamento dele com o consumidor final.
Em relação aos projetos que estão adiados, uma ótima opção é desenvolver soluções customizadas com base nos objetivos de comunicação de cada briefing e que funcionem apartadas dos eventos presenciais.
É aqui que deixo o seguinte convite: que tal viver a sua marca? Resgate as suas raízes, explore todas as alternativas. A partir das devidas precauções orientadas pela Organização Mundial da Saúde, eu te convido a sair do estado de receio para agir. Podemos superar este período juntos! O futuro chegou. Proteja-se, mas aja.
Mônica Schimenes, fundadora e CEO da MCM Brand Group
Especial para O POVO