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Confira sete dicas para construir a afetividade na educação

A afetividade na educação é pensada desde 1900, com questões importantes sobre construção do conhecimento e como ela não é limitada apenas à racionalidade

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(Foto: picjumbo / Pixabay)

Mudar um sistema que consiste apenas no aprendizado racional e direto em que um protagonista fala e os demais escutam é o desafio de muitos docentes. Lev Vigotski (1896-1934), Jean Piaget (1896-1980) e Henri Wallon (1879-1962) formam a tríade de pensadores que já se debruçavam sobre o tema afetividade na educação desde 1900. Os três levantaram questões importantes sobre a construção do conhecimento e como ela não é limitada apenas à racionalidade.

Educação com afeto em sete passos:

1) Busque autoconhecimento

Desmistificar que o ensino consiste em apenas transmitir conhecimento é o primeiro passo. O professor deve agir como mediador auxiliando os estudantes a serem protagonistas de sua rotina, incluindo limites e amor na relação. Para isso, o autoconhecimento é o mais importante. Procurar compreender suas limitações, fazer terapia, buscar se entender antes de auxiliar o outro, ou neste caso auxiliar o aluno é o mais importante neste processo.

2) Atente-se aos pequenos detalhes

A forma como somos recepcionados é muito importante, e outras ações de afetividade na educação podem ser de grande valia. Como: fazer a chamada pelos nomes e não por números, sempre iniciar as aulas afirmando que os alunos podem falar com você após o período das classes sobre qualquer dificuldade, e principalmente observar o comportamento dos estudantes dentro e fora da sala de aula. Muitas vezes os alunos estão passando por situações que não imaginamos. Na era atual em que muitas relações se tornaram apenas digitais e os pais têm que se manter mais em seus trabalhos, com altas cargas de horários e trabalho, a escola se torna o único ambiente de interação das crianças e jovens.

3) Educação afetiva fora da sala de aula

A preocupação em ouvir o outro, ter empatia, e estabelecer a sinergia entre razão emoção não deve se limitar apenas dentro da sala de aula. Todos os colaboradores do ambiente escolar e gestores devem promover e estabelecer relações dessa forma. Lembre-se que a escola é feita por todos os departamentos que a compõe e para se ter uma educação com afeto na condução das aulas, o ambiente educacional como um todo deve contribuir para esse fim.

4) O aluno não é um quadro em branco

Ao escutar as expectativas e conceitos de vida dos estudantes, surgem ideias e formas de transmitir o conhecimento. O docente é capaz de unir o conteúdo com o interesse dos estudantes. Isso aproxima o aluno do docente, do conteúdo, e da disciplina estudada. As experiências que esses estudantes já possuem ajudam na construção da base dos novos conhecimentos que eles estarão recebendo do docente.

5) Aceite, acolha e compreenda as críticas dos estudantes

O ser humano não é programado para aceitar as críticas que recebe. Muitos alunos podem não aceitar ou gostar da forma como você se coloca, ensina, e estabelece as relações. Neste momento, escute-os e tente entender como respeitar o limite deles. Não significa se anular ou deixar de acreditar no que você estava fazendo. Significa olhar para o que está sendo dito. Prestar atenção nesses alunos e adaptar caso seja possível o que tenha escutado não é perder a autoridade, e sim respeitar os limites deles e incluir os seus.

6) Lembre sempre aos seus estudantes: a condição de aluno nunca desaparece

Essa dica é muito importante independente desse aluno ter o desejo de ser professor no futuro e/ou outro profissional. Quando lembramos que já fomos alunos, recordamos do nosso processo de aprendizado e mais do que isso conseguimos “traduzir” o que é complexo de uma forma mais simples para as outras pessoas. Seja um médico que precisa simplificar o diagnóstico para a família do paciente, seja um odontólogo que necessita explicar para uma mãe a saúde bucal do filho. É sempre ter em mente que fomos alunos para aprender, e aprendemos para simplificar para os demais pessoas.

7) Valorize a interação com o aluno

Autorizar ou não o uso de celulares entra nesse tópico. Alguns docentes proíbem o uso do smartphone dentro da sala de aula, outros liberam para uso escolar. A questão nesse tópico é o uso que fazemos. A tecnologia não é ruim, mas, como toda ferramenta, precisa ter cautela no uso. A interação humana ainda é a melhor para desenvolver os laços afetivos e conteúdos complexos, porém a tecnologia pode auxiliar nesse processo. Analise a sua turma, cheque se seria bom incluir algum aparato tecnológico, mas lembre-se de visar sempre a melhoria da relação com os estudantes seja ela por meio da tecnologia ou de outras formas.

REDAÇÃO O POVO ONLINE

com informações da Minds English School

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