A transformação digital obriga novos profissionais e empresas a incorporar tecnologia em sua estrutura. E nas mais diversas áreas de trabalho, nem se fala: é imprescindível lidar com as demandas provocadas pelas novas tecnologias. A partir disso, três advogados e professores questionaram: onde o Direito entra nessa revolução digital? Assim, lançaram a Muvon – Escola de Direito e Inovação.
Em apenas três meses, Mariana Zonari, 25, Tiago Furtado, 34 e Thiago Andrade, 35, colocaram em prática a ideia da Muvon. A startup, lançada oficialmente no último dia 21 de março, já tem agenda de Muvon Experiences (M.X.), como são chamados os cursos práticos e teóricos, até agosto.
“A nossa proposta é trazer cursos que possam proporcionar para os nossos ‘muvers’ (alunos) possibilidade de construir o Direito do futuro e participar do futuro do Direito. O que que a gente quer dizer com isso, basicamente, o direito do futuro é a nova ciência do direito que está aparecendo, jurimetria, ciência de dados, futurologia etc”, explica Mariana Zonari.
Thiago Andrade conheceu Mariana quando ambos ensinavam na graduação de Direito de uma faculdade. Depois, por meio da colega, conheceu Tiago Furtado. “A gente compartilhou experiências acadêmicas, profissionais e aspirações pessoais. Em seguida, acabou que aconteceu essa ideia da Muvon enquanto uma escola de Direito e inovação”, conta Andrade.
A primeira M.X. será um curso prático de Termo de Uso e Política de privacidade de Sites e Aplicativos, no dia 24 deste mês. O investimento é de R$ 250, e as inscrições podem ser feitas no site da escola www.letsmuvon.com.
O termo M.X., segundo Tiago Furtado, foi criado para designar os produtos porque os cursos vão além das aulas tradicionais e propõem verdadeiras imersões de aprendizado, com experiência prática, networking e metodologia de ensino interativa. “O Direito é uma ciência muito tradicional, e a gente entende que a tecnologia, esses processos de inovação chegaram também ao Direito, então nossas experiências têm conteúdos novos, como blockchain, inteligencia artificial, machine learning, como isso afeta o dia a dia dos advogados”, diz ele.
Embora o público-alvo principal seja advogados e estudantes da área de Direito, demais profissionais poderão participar das M.X. “Isso é super interessante porque a inovação não afeta apenas o Direito, o Direito está presente no dia a dia das empresas, no dia a dia das pessoas, alguns cursos vão sim conseguir receber e ser de interesse de outros profissionais, como RH, compliance, auditoria”, exemplifica Tiago Furtado.
REDAÇÃO O POVO ONLINE